terça-feira, 22 de setembro de 2009

É muito difícil tomar uma decisão certo de que escolheu o melhor caminho.
Quase nunca isso acontece.

O mundo pode não depender do que você fez.
As coisas podem - e vão - seguir do mesmo jeito. Como sempre.
É você quem vai mudar.
É a sua vida que tá em jogo.
Vez ou outra o que você faz mexe com quem tá do seu lado. Afeta, de algum jeito, alguém.
Mas foi você quem começou.

Tem horas que você só adianta o curso.
Acelera o passo.
E passa adiante.
Por mais certo que pareça, ainda não parece certo.
Mesmo que não seja uma decisão de vida ou morte.
Só de vida. Uma mudança nela.

Eu - falando por mim agora, eu mesma - tenho certeza só da cor do esmalte que gosto.
Mesmo assim, ainda enjôo dele.

Minha comida preferida muda semanalmente.
Minha bebida também.
Meu bar é mensal.
Meu livro é anual.
Já a música preferida dura menos. Dura minutos.

Acho bom isso. Reciclar.
Qual a graça de manter tudo certo, estável, igual, constante?
Seria passar pela vida como passa uma pedra.

Mas o que vem depois?
Ah, isso ninguém sabe.
Ninguém nunca soube. E nem vai saber, enquanto depois não for agora.

E agora...
Quem se importa?


Eu não.
E talvez seja a única.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

De novo, Os Normais!

Todo mundo sabe que sou suspeita pra falar. Mas também não poderia deixar de fazê-lo, quase uma semana depois de ter visto o filme.

"Os Normais 2 - A noite mais maluca de todas" me desagrada - supreendam-se! - em alguns momentos.

Para mim, a história do primeiro filme é bem melhor: o enredo, os personagens e as situações. Como esse segundo filme se passa em apenas uma noite, são momentos divertidos de Rui e Vani (Luis Fernando Guimarães e Fernanda Torres), mas não tão amarrados, acho, como no primeiro filme.


Também não sou muito fã da onda de trocadilhos, que tenho a impressão de ter começado durante o seriado "O Sistema", também de Fernanda Young e Alexandre Machado, autores do filme. Acho que poderia ter menos, mas também acho que o excesso não elimina as excelentes tiradas.

Rui e Vani voltam como sempre. Vani, principalmente. Não tem como não rir em cenas como a do hospital e da festa em homenagem à personagem de Danielle Suzuki.

Me diverti e, naturalmente, verei de novo.

Ah, e recomendo, também, naturalmente!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Um, dois, três, japonês.


No final do mês passado, mais ou menos, descobri - tarde - Haruki Murakami.
No final deste mês, terminei de ler um terceiro livro dele.
Comecei com o último lançado, passei para o mais comentado e terminei com um empréstimo recomendado.
Digo que foram ótimas experiências.

"Após o anoitecer" é sobre duas irmãs: uma dorme em sono profundo há dois meses e a outra vaga pela noite lendo livros e conhecendo pessoas.

"Norwegian Wood" - nome de uma linda música dos Beatles e, não por outro motivo, título do livro - conta a história de Toru, um adolescente que se apaixona pela ex-namorada de seu melhor amigo, que morreu. E vai muito além disso. Passa por diálogos que viajam pela nossa cabeça, mas que nem sempre conseguimos concretizar.
Dá certa depressão, até, a história. Mas a beleza da forma como é contada transforma o livro num vício. E nada há a se fazer, além de ler de novo.

Há uns dias, acabei meu último - por enquanto. "Minha querida Sputnik" é uma história de amor entre Sumire, de 17 anos, e Miu, 22 anos mais velha.

Isso, velha. A.
São duas meninas que se apaixonam na história contada por K., melhor amigo de Sumire.

Gosto de poucas coisas na vida como gostei da forma de Murakami escrever.

Não sou fã, porém, de críticas.

Só de recomendar e passar adiante aquilo que gosto.
E, adiante, posso passar os dois primeiros livros, que comprei, a quem possa interessar.

*Na imagem, o primeiro livro a esquerda é "Minha querida Sputnik", o do meio "Norwegian Wood" e o da direita, "Após o anoitecer".