sábado, 28 de fevereiro de 2009

"O Leitor"

Entra ano, sai ano e eu continuo com as minhas manias.
Eu mudo um pouco.
Às vezes até mais do que pouco.

Mas tem certas coisas que vão ficando, vão ficando..

E ainda permanece a mania de ler livros que deram origem a filmes.
Nessa semana, entrei na Cultura e comprei dois.





Um, acabei de terminar.
"O Leitor", de Bernhard Schlink.
E eu devo dizer que o motivo que me leva a comprar esse tipo de livro é o mesmo que me faz comprar os filmes: o elenco ou o diretor.
Nesse caso específico, quis ler para depois assistir à interpretação da Kate Winslet, que sempre se supera e que, por seu personagem nesse filme, ganhou o Oscar de melhor atriz.

A história é de amor. E de um amor diferente. Entre um jovem de 15 anos e uma mulher já acima dos 30.
Se conhecem, se envolvem e se separam. Para depois se reencontrarem no tribunal.
Lá, o estudante de direito, Michael Berg (no filme, Ralph Fiennes), revê Hanna Schmitz (no filme, Kate Winslet).
Ela é uma das acusadas de crimes cometidos por nazistas na Segunda Guerra Mundial.
E no julgamento, Michael descobre muito mais sobre Hanna do que o motivo pelo qual ela é acusada.

O livro é cheio de questionamentos. Em todos os capítulos, Michael se pergunta sobre o direito, a vida e os seus limites.
Pergunta, então, a quem lê.
E são dúvidas profundas. Humanas.
Que fazem do livro mais do que um romance.

Fazem de "O Leitor" uma reflexão sobre os nossos limites.
E sobre o quanto eles podem afetar quem está em nossa volta.

Quer emprestado?
Pedidos, aqui.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Novo amor

- O de vermelho! - ela.
- Hmm. - eu.

E vou no de azul.
É assim esse 2009. Meio indígena, meio diferente.

Se usa all star, vai.
Se não gosta de axé, vai.
Se é de fora, vai.
Se nunca foi, vai.
Se não está muito certo, vai.
Até de roupão.
Pode ir.

Porque é só chegar antes de a porta abrir e ir embora quando a luz acender.
Ninguém quer perder um minuto.
Ninguém pode perder um minuto.

Mesmo que carnaval não seja o que mais gosta na vida.
Mesmo que "serviço", nesses dias, não signifique trabalho.
Mesmo que "trema" vire "trena".
Mesmo que na sinuca, todas as bolas colocadas sejam do adversário.
Mesmo que no dia seguinte, tudo tenha que estar bem. Normal. Normalíssimo.
E mesmo que não tenha dormido.
É "tchau, I have to go now."


Hoje, a quarta-feira de cinzas foi cinzenta.
Depois de um carnaval compacto para mim.
Mas bom, claro.
O melhor até hoje.

Em breve tem Maria Rita. A famosa Ritona, a quem interessar.
Que acaba o show da mesma forma como acaba o carnaval.
(E a boa parte é que ela ainda vai pode prorrogar o meu!)


"A luz apaga porque já raiou o dia
E a fantasia vai voltar pro barracão
Outra ilusão desaparece quarta-feira
Queira ou não queira terminou o carnaval.

Mas não faz mal, não é o fim da batucada
E a madrugada vem trazer meu novo amor
Bate o tambor, chora a cuíca e o pandeiro
Come o couro no terreiro porque o choro começou.

A gente ri
A gente chora
E joga fora o que passou
A gente ri
A gente chora
E comemora o novo amor"

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Re-volta

No fim, recomeçou e eu estava com saudades das coisas.

Não todas.
Algumas.
Aquelas.

Do tipo, o que você tem que fazer é criar um título para uma entrevista. E ele tem que ter no máximo 55 caracteres.

- Ai, Maranha, deu 59. Quanto tem que ter mesmo?
- 55.
- Putz, por 3.

É. Três.


Uma outra tenta falar "alegar" e solta um "ajulgar".
Ela inventou.

Mas o mais importante é que o point foi destruído. Um furacão passou, não sei.
Sei que essa foto vai deixar muita gente triste.





Chorei.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Sussa na montanha-russa

Acabei de entrar no Cosmo.
A página principal estava assim:



É isso:

"Usuários cobram rapidez em acessos ao terminal".
E aí, embaixo, uma foto da montanha-russa do Hopi Hari.

Sei lá.
Acho que os usuários cansaram de esperar a rapidez nos acessos e foram pro parque de diversões.
Melhor, né?
Fila por fila, vamos pra montanha-russa!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Rone e Ney

- Alô, Rone?
- Não, aqui é o Ney.
- Oi, Ney, queria falar sobre o bloco, quem daria uma entrevista?
- Olha, o Rone seria melhor. Tenta ligar pra ele. Se não der, pode me ligar.

Tentei o Rone.
Não consegui.

- Alô, Ney?
- Oi.
- Então, tentei falar com o Rone, não consegui. Será que eu posso te ligar do estúdio?
- Pode, pode!
- Já vou ligar, então. Obrigada, Rone.

Era Ney.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Professora

"Janda,
Obrigada por você ter me ensinado um montão de coisas na 3ª série. Por causa de você eu estou na 5ª série hoje. Você foi a melhor professora. OBRIGADA!"


"Janda,
Você é muito legal e me ensinou muita coisa e agora estou lá no 6º ano no Fundamental 2 muito obrigada por você ter me ensinado tudo, você foi uma das melhores professoras que já eu tive, mesmo que você tenha ensinado meio ano você é especial para mim. 1000 beijos!"


"Oi Janda,
Que saudades, obrigado por me ensinar. Agora estou no 6º ano D e tive um trabalho em ensino religioso para mandar uma carta para uma professora que já tive e mandei pra você. Bjs!"



Tirando o fato de que o nome da minha mãe chama mais a atenção do que qualquer outra palavra escrita, me lembrei de muita coisa quando vi esses bilhetes de uns ex-alunos dela.

Me lembrei que faz muito tempo que não reconheço o trabalho dos meus professores.
Que só reclamo.
Que gostava de ter aula no primário, mais do que na faculdade.
Que tem coisas que, por mais que a gente teime, a gente só entende muito tempo depois.

E que tenho ciúmes das crianças que ficam mandando bilhetinhos pra minha mãe.
Vamo pará, criançadinhá!

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Daqui a pouco

Daqui a muito pouco.
É tudo de novo.

É tudo.
De novo.


E nada de muito novo.


A legenda da figura é: "a maranha está sem amigos em 2009".
O autor do texto e da imagem, não vou citar.
Metade imagina.
Metade não sabe do que eu tô falando.

E quase eu escrevo mais uma frase aqui, começando com 'metade'.
Porque quase esqueci que as coisas só tem duas metades.

Mais que isso, não sei o que é.
Nem sei se existe.

Começando bem.
Sempre.
Com metade dos amigos.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O começo de (quase) tudo

Eu sou assim.
Eu vou na contramão.

Ao invés de criar um blog melhor do que o que eu já tinha, eu crio um pior.
Descaradamente esse é sobre mim e minha vida.

Porque até hoje não achei bom nada do que escrevi.
Nunca gostei de uma linha, de todas que já coloquei no papel.
Vez ou outra eu escrevo e não desgosto.
E só.

Mesmo assim, pretendo me chamar de jornalista um dia. Talvez sem muita propriedade e só pelo registro.
E, se continuarem nas próximas linhas, lerão a primeira reportagem da minha vida.

Na data, eu tinha sete anos. Faria oito, dali a quatro meses e um dia.
Já estava vivona.
Ou vivinha, como queiram.

Antes, vou explicar: pelo que entendi hoje, relendo o texto, eu devia ter feito uma resenha, um resumo ou quase isso, de um livro que li.
Abaixo, a transcrição literal (pois não me censurei e copiei exatamente como escrevi há quase 13 anos, com erros e tudo!) do texto:

29 de abril de 1996

"Porque temos sardas?

Tudo começou quando eu estava na biblioteca, e eu peguei um livro chamado: "Porque temos sardas?". Com este livro, vi que deu pra perceber um pouco como se constrói as sardas. Tudo começa quando o seu pai ou sua mãe tem sardas quando nascem, então se os dois tem sardas é óbvio que você também terá, se só sua mãe ou só seu pai que tiverem sardas aí terá possibilidades de ter ou não ter. Veja o desenho abaixo."

Aí desenhei uma mulher e um homem. Ela, com sarda. Ele, sem.
Embaixo, quatro possibilidades de filhinhos. Duas menininhas e dois menininhos.
Uma delas com sardas.
E um deles também.


Não vou dizer que ganhei um carimbinho de solzinho feliz escrito "que legal".
Porque esse blog é pra ser pior que o outro.
E, se eu mostrar meus trabalhos de qualidade aqui, como vou construir um site ruim?