domingo, 20 de dezembro de 2009

Tô numa fase Novos Baianos.
Ouvindo e reouvindo:



O "Novos Baianos F.C" foi lançado em 1973 e conta com a incrível "Sorrir e cantar como Bahia" (faixa 1).
Já o "Acabou Chorare" nasceu um ano antes. Nele, as famosas "Preta Pretinha" (faixa 2) e "Besta é tu" (faixa 8)

Meu vício pode ser meio tardio.
Mas vale a pena ouvi-los mais de uma vez.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Quinta-feira. Tarde. Galpão de uma Igreja.
Mesas, muitas mesas. Algumas juntas, outras separadas. Cada uma com sua toalha florida. Pareciam losangos, pela forma como foram colocadas.
Na frente de cada cadeira, em cima da mesa, uma xícara e seu respectivo pires.

- Tem a hora em que elas servem o chá! É de sete ervas! - orgulha-se a vó, que todo ano bate o cartão no "Chá Bingo de Natal".

A primeira sensação quando se chega num lugar desses, com seus 20 e poucos anos, é de que se é um bebê. A outra pessoa tão nova quanto você, ali, deve ter uns 60.

Mas a sensação passa rápido. Volta algumas vezes. E torna a passar.

- Gente, não peçam pra trocar o presente. Vocês devem agradecer por ter ganho e não querer trocar! Se não gostarem, doem para alguma instituição!

O aviso, com cara de bronca, dá o pontapé inicial da tarde.

São quatro rodadas. O convite custou dez reais e elas estavam garantidas ali. Duram a tarde toda. Nos intervalos de cada uma, tem nove jogos. Três cartelas, três reais. Mas quando o prêmio é a mesa e tudo o que tem em cima dela - pratos, copos, panetone... -, o preço sobe. Cinco reais um jogo.

Duas e meia. Cartela A. Começa a primeira rodada. G 56. B 12. I 38...

- Deu aqui!

E é feita a primeira quina.
A segunda.
A terceira.
E quando a senhora que comprou três cartelas para a rodada - e as grudou com fita crepe na prancheta - se levanta para buscar a quarta cesta com presentes, surgem os primeiros comentários críticos.

- Ah, mas é brincadeira, viu? Não dá nem vontade de jogar mais. Não é possível!

Passa o chá. As senhoras servem. Tem com açúcar e tem sem. O adoçante vem junto, caso queiram colocar. Na hora de mirar a xícara, mais cai fora do que dentro da xícara. E são boas as sete ervas!

Cartela B, C, D.

- Aqui!

A sexta cesta. E muitas canetas são jogadas na mesa.

Para quem não conseguiu garantir uma quininha ou uma cartela cheia, só resta o lixão. Nome e telefone no verso de cada cartela, todas numa caixa de papelão e, aí, o sorteio. Mais expectativa, mais frustração.

Gente que sai levando muito. Gente que sai levando nada.
Bem a cara do Brasil.
A diferença é que, no Bingo, tudo é culpa da sorte.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

No 1º colegial, eram três Marinas na sala.
Na chamada, um Deus nos acuda.

- Marina...
- Qual?
- Aranha.
- Eu!

Num sistema onde o sobrenome vinha antes do nome e os alunos eram classificados por números, sempre fui uma das primeiras.
Andrade ou Almeida vinham antes de mim.
No máximo, em dez anos de colégio, fui número 3.

Eis que, para minimizar o problema das Marinas, uma genial professoora teve uma ideia.

- Aranha...Ma...Maranha!

Ela, que já tinha me dado aula na sexta série, criou ali um apelido que levo como herança desde então.
Na faculdade, onde geralmente criam-se apelidos e se começa uma vida nova, a Maranha ficou. E vai ficando...
Fora também.

A mesma professora me pegou colando em uma "provinha" de duas questões de múltipla escolha. Enquanto passava recolhendo, eu, desesperada, implorei pelas duas respostas.
Recebi.
Achei que não estavam certas. Mas o que entendo de biologia? Era apenas mais uma prova da minha ignorância.
Marquei.
Entreguei.
Zerei.
As provas eram diferentes. E eu contei pra professora tudo isso. Ela riu.

Numa outra prova, trimestral, marquei uma alternativa e percebi que tinha errado. Risquei, marquei outra e escrevi: "essa é a certa!".
Ela considerou. E escreveu: "Ok, Maranha!".

Depois dali, ela me deu aula até o terceiro colegial. Naquele ano, começou a ter dores na coluna e reclamar enquanto andava.

- O que o médico falou, professora?
- Ainda não tem certeza. Preciso fazer alguns exames.
- Pode ser hérnia de disco - tentei diagnosticar -, meu pai teve. Operou, ficou bom! Se for, fica tranquila!

Até hoje os médicos não entraram num acordo sobre o que ela tem.
Há uns seis meses fui no colégio revê-la.

Ela andava na cadeira de rodas, só mexia os braços e a cabeça e tinha um professor auxiliar que escrevia na lousa.

- Vou fazer um tratamento em São Paulo. Tavam me dando a dose errada de remédio. Agora melhorou, mudou a medicação!

O carro dela, adaptado, parava ao lado da sala, e ela ia embora controlando apenas com as mãos.

Hoje ela não dá mais aula. Fica em casa. Só recebo notícias de terceiros, porque alguém me diz que alguém a visitou.

Não sei porque pensei nela ontem, antes de dormir. É fácil ver as coisas mudando na vida dos outros. Mas quando é alguém de perto, dá pra perceber o quanto tudo é frágil. Tudo.

Não sei se por ser filha de professora sempre tive admiração pela maioria dos meus.
Na verdade, enquanto estudava, ODIAVA quando minha mãe parava no estacionamento de funcionários e descíamos juntos.
ODIAVA porque era a morte, pra mim, encontrar algum professor durante o caminho e ter que ir conversando com ele até a sala. Sentia um misto de vergonha com desconforto e não sei mais o quê.
Mas hoje, um pouco mais sã do que com 15 anos, fico feliz em encontrar pessoas que me dêem exemplos profissionais e de vida.

Minha professora de biologia foi uma dessas pessoas. Quando apareceu, eu não sabia bem lidar com "mestres". Mas ela estava presente justamente enquanto eu aprendia.

E eu nem gostava da matéria. Biologia. Nunca entendi direito.
Apesar disso, dava pra perceber que ela é uma das melhores pessoas que eu poderia ter conhecido. Ainda que nosso relacionamento se restringisse às salas de aula.

Obrigada, Sílvia.
Espero que você esteja melhor.

sábado, 17 de outubro de 2009

Miguel e os demônios


Mais um do Lourenço Mutarelli! Ele é o autor de "O Cheiro do Ralo", "A arte de produzir efeito sem causa" e "O Natimorto" - que me fizeram tão felizes! -, entre tantos outros que ainda não li!

Ontem, comecei e terminei "Miguel e os demônios". É rápido assim. Uma escrita à la roteiro de cinema, rápida e intensa.
Ainda não tenho uma opinião 100% formada a respeito. Não pensei sobre alguns detalhes. Preciso de um tempo para organizar as ideias.
E, mesmo depois de organizá-las, acho difícil dizer. Tenho uma relação conturbada com críticas.

Neste momento, o que posso escrever é: adorei, recomendo e empresto.

Simples assim.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Eu não gosto de celular.
Uso, mas não gosto.
E, não sei porque, preciso atendê-lo rapidamente. Ele toca, eu atendo. Na hora!
Não precisa ser um toque chamativo. Um simples TRIIIIM me faz tirar o telefone do bolso ou da bolsa e atendê-lo i-me-dia-ta-men-te.
Tenho vergonha de ouvi-lo tocar muito tempo.
Não sei qual meu trauma. Sei que ele existe.

Pois bem.
Essa acabou de acontecer. E acho importante relatar.

Tomando café, agora à tarde, com mais três indivíduos.

- Eu não gosto de celular porque ele toca numas horas impróprias. Serve para te acharem quando você não quer...

Pronto. Homens na mesa e um sonoro:
- Hmmmmmmmmmm.

- Er, gente. Falando sério. Agora, por exemplo, enquanto como meu pãozinho com manteiga, odiaria ser interrompida. ODIARIA.

Dá um minuto. Quase exatamente um minuto. Toca meu celular.

- Tá vendo?

Atendi. Saí para falar.
Enquanto falava, ouvi o toque da segunda linha.

Percebem?

terça-feira, 22 de setembro de 2009

É muito difícil tomar uma decisão certo de que escolheu o melhor caminho.
Quase nunca isso acontece.

O mundo pode não depender do que você fez.
As coisas podem - e vão - seguir do mesmo jeito. Como sempre.
É você quem vai mudar.
É a sua vida que tá em jogo.
Vez ou outra o que você faz mexe com quem tá do seu lado. Afeta, de algum jeito, alguém.
Mas foi você quem começou.

Tem horas que você só adianta o curso.
Acelera o passo.
E passa adiante.
Por mais certo que pareça, ainda não parece certo.
Mesmo que não seja uma decisão de vida ou morte.
Só de vida. Uma mudança nela.

Eu - falando por mim agora, eu mesma - tenho certeza só da cor do esmalte que gosto.
Mesmo assim, ainda enjôo dele.

Minha comida preferida muda semanalmente.
Minha bebida também.
Meu bar é mensal.
Meu livro é anual.
Já a música preferida dura menos. Dura minutos.

Acho bom isso. Reciclar.
Qual a graça de manter tudo certo, estável, igual, constante?
Seria passar pela vida como passa uma pedra.

Mas o que vem depois?
Ah, isso ninguém sabe.
Ninguém nunca soube. E nem vai saber, enquanto depois não for agora.

E agora...
Quem se importa?


Eu não.
E talvez seja a única.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

De novo, Os Normais!

Todo mundo sabe que sou suspeita pra falar. Mas também não poderia deixar de fazê-lo, quase uma semana depois de ter visto o filme.

"Os Normais 2 - A noite mais maluca de todas" me desagrada - supreendam-se! - em alguns momentos.

Para mim, a história do primeiro filme é bem melhor: o enredo, os personagens e as situações. Como esse segundo filme se passa em apenas uma noite, são momentos divertidos de Rui e Vani (Luis Fernando Guimarães e Fernanda Torres), mas não tão amarrados, acho, como no primeiro filme.


Também não sou muito fã da onda de trocadilhos, que tenho a impressão de ter começado durante o seriado "O Sistema", também de Fernanda Young e Alexandre Machado, autores do filme. Acho que poderia ter menos, mas também acho que o excesso não elimina as excelentes tiradas.

Rui e Vani voltam como sempre. Vani, principalmente. Não tem como não rir em cenas como a do hospital e da festa em homenagem à personagem de Danielle Suzuki.

Me diverti e, naturalmente, verei de novo.

Ah, e recomendo, também, naturalmente!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Um, dois, três, japonês.


No final do mês passado, mais ou menos, descobri - tarde - Haruki Murakami.
No final deste mês, terminei de ler um terceiro livro dele.
Comecei com o último lançado, passei para o mais comentado e terminei com um empréstimo recomendado.
Digo que foram ótimas experiências.

"Após o anoitecer" é sobre duas irmãs: uma dorme em sono profundo há dois meses e a outra vaga pela noite lendo livros e conhecendo pessoas.

"Norwegian Wood" - nome de uma linda música dos Beatles e, não por outro motivo, título do livro - conta a história de Toru, um adolescente que se apaixona pela ex-namorada de seu melhor amigo, que morreu. E vai muito além disso. Passa por diálogos que viajam pela nossa cabeça, mas que nem sempre conseguimos concretizar.
Dá certa depressão, até, a história. Mas a beleza da forma como é contada transforma o livro num vício. E nada há a se fazer, além de ler de novo.

Há uns dias, acabei meu último - por enquanto. "Minha querida Sputnik" é uma história de amor entre Sumire, de 17 anos, e Miu, 22 anos mais velha.

Isso, velha. A.
São duas meninas que se apaixonam na história contada por K., melhor amigo de Sumire.

Gosto de poucas coisas na vida como gostei da forma de Murakami escrever.

Não sou fã, porém, de críticas.

Só de recomendar e passar adiante aquilo que gosto.
E, adiante, posso passar os dois primeiros livros, que comprei, a quem possa interessar.

*Na imagem, o primeiro livro a esquerda é "Minha querida Sputnik", o do meio "Norwegian Wood" e o da direita, "Após o anoitecer".

terça-feira, 11 de agosto de 2009

"Eu sou uma HADEVOGADA"

Uma excelente opção para quem estará por cá, Campinas, em qualquer um dos finais de semana deste mês de agosto.

"Advocacia (segundo os irmãos Marx)" é uma comédia que está em cartaz no Teatro do Parque Dom Pedro Shopping - se é que esse é o nome definitivamente adotado pelo espaço!

Na peça, a Heloísa Périssé faz o papel de Yasmin Robalo, uma "h-a-d-e-v-o-g-a-d-a", como ela mesmo soletra, com uma postura um tanto questionável. O elenco conta com outros cinco atores, que se revezam em mais de vinte papéis!

As cenas da peça, como o próprio título diz, são baseadas em textos dos irmãos Marx - Chico, Harpo, Groucho, Hummo e Zeppo - e rendem risadas do começo ao fim! O elenco é ótimo e, claro, para quem já viu ou não Cócegas, Heloísa Périssé volta na melhor forma possível!

Quem me conhece sabe que, embora eu já tenha visto, voltarei.
Sigam-me os bons!

Lide:
O que? Advocacia (segundo os irmãos Marx)
Quem? Heloisa Périssé, Wilson Santos, Robson Nunes, Alex Moreno, Flavio Baiocchi e Alexandre Pinheiro
Quando? Sábados, às 20h e 22h e domingos, às 19h (até 30/08)
Onde? Teatro do Parque Dom Pedro Shopping
Quanto? R$ 60 aos sábados e R$ 50 aos domingos

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Maitê, eu leio você

Essas férias, embora parciais, me serviram pra tirar um outro atraso: ler o livro da Maitê que há muito eu tinha emprestado de uma amiga. Há muito mesmo.

Fiquei um ano com o livro, resolvi pegá-lo neste mês e li em dois dias.



A história de sua vida se alterna com a história de uma menina, para ficção e realidade andarem juntas.

E que histórias são essas! As viagens que ela já fez e os problemas pelos quais já passou impressionam.

Vale pela história. Ou pelas histórias: a dela e a da menina. Vale lê-las e juntá-las!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

"What are you fighting for?"

Quando foi ao ar pela NBC, nos Estados Unidos, "Farrah's Story" bateu recorde de audiência. Cerca de 8,9 milhões de pessoas assistiram ao documentário no dia 15 de maio e acompanharam a luta da atriz contra o câncer e as últimas horas de sua batalha.

Estava para postar algo sobre o documentário há umas três semanas, quando o vi pela GNT.

São 100 minutos inacreditáveis, filmados a pedido de Farrah. Aqui no Brasil, o nome foi um pouco mudado e se tornou: "Farrah Fawcett: Uma jornada contra o câncer".

Sua morte foi um tanto ofuscada pela de Michael Jackson, no mesmo dia, 25 de junho.

Sempre falei de Farrah em casa, embora ela nunca tenha descoberto isso. Sempre para brincar com minha mãe, vendo fotos antigas, e dizendo que aquele cabelo dela, nos anos 80, era porque ela queria ser Fawcett, uma das panteras!

Hoje lembrei e resolvi deixar o documentário como sugestão para quem quiser. Não sei bem como se faz para ver agora. Mas, se como eu, tiver a oportunidade de vê-lo começando enquanto muda de canal, veja ate o fim!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sobre música e ironia

A indicação e o empréstimo vieram de um amigo, que insistiu em dizer que "o inglês é tranquilo, dá pra ler rapidinho".

A versão na língua estrangeira é mesmo simples. Não precisa ser dos melhores, assim como não sou, para completar a leitura.

O livro, escrito em 1995, virou filme em 2000 e - surpresa! - continua atual.

Há quem diga se tratar de um romance para homens. Mas acho que também serve para entendê-los. E outras cositas más, como receber uma avalanche de boas sugestões musicais e conhecer a ironia do autor de "Um grande garoto", "Uma longa queda" e "Como ser legal", no livro que muitos consideram sua obra prima, "Alta Fidelidade".

domingo, 19 de julho de 2009

auei

não tenho escrito mais nada por aqui, é verdade.
dizem, é por culpa da Fazenda (e não é!).
dizem, é por culpa do Twitter (erraram de novo!).
dizem, é...mais nada, acho.
as pessoas não falam tanto comigo assim, a ponto de me darem três motivos pelos quais me ausento do blog.
e nem lêem tanto o que escrevo pra procurarem os três motivos. ou quantos forem.

a verdade é que, depois de tanta enfermidade e três prontos-socorros em menos de um mês, não tenho saído muito de casa. trocar dois passos, pra mim, pode ser fatal.
por isso, por tanto tempo em repouso, não vejo mais as coisas.
não presencio diálogos animados, não falo mais tanta inutilidade...

para compensar minha ausência, coloquei uma figurinha nova no layout.

só pra não criar teia de aranha.



ou expectativa!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Uma excelente RP

Essa eu vou contar porque pior do que tá, não vai ficar. E preciso contar antes de dormir, pra tirar logo de mim.
Culpa da maldita clicada errada.

Fui chamar um amigo pra ir no City.
Mandei a mensagem, via MSN: "saindo daqui, vou comer uma torta de frango no city bar com uns 2 amigos, acho. vamos?"


Mandei, claro, pra pessoa errada.

Recebi uma resposta:
"oi, má, acho que você tá me confundindo. é fulana que estudou com você no colégio, lembra?"

chorei.

"ô, fulana, claro que lembro de você. criquei errado. mal mesmo!"
"magina, sem problemas. boa torta de frango. hahaha"
"obrigada. mas, se quiser, aparece lá pra comer um pedaço!"
"fica difícil porque eu tô em sp. mas valeu"
"imagina. beijo"
"beijo"


Tô vermelha até agora.

E aprendi a não contar mais pros outros o que eu vou comer.
A partir de agora só digo onde vou.
Minha refeição só saberá quem estiver presente.
Pronto.

Agora vou tomar um chocolate quente, comer um pão e ir pra cama.
Inté!

sábado, 4 de julho de 2009

Fui ali, voltei já.

Hoje me cobraram uma volta.
Então, vou estar voltando neste momento. No gerúndio.
Vou estar voltando para estar postando e estar dizendo que descobri a função do twitter!

E ela consiste no fato de assistir ao programa "A Fazenda", da Rede Record, e fazer comentários enquanto ele está no ar.

Não há nada que te deixe mais orgulhoso. E sábio.
É uma sensação indescritível. Prove.


Ou não.

No meio tempo em que não estive por cá, o Michael Jackson morreu, espancaram um homem aqui em Campinas com a justificativa de que ele não teria função para a sociedade a longo prazo, a Ana Paula Padrão estreou no Jornal da Record, o Corinthians foi campeão da Copa do Brasil, fechei as notas da faculdade, queimei trabalhos numa fogueira, tirei o gesso do tornozelo, assisti "A Lula e a Baleia" e recebi meu salário.

Nem tudo isso interfere na vida de quem lê.

Mas eu não disse que interferiria, né?

(Este é um post apenas para que as duas pessoas que lêem minhas inutilidades saibam que o "Tô Vivona" não tá mortão. Em breve, volta do "Soma", aliás. Aos poucos e com pouco. Mas voltando!)

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Meu Alquimista

O que um pé engessado e um par de muletas não fazem, hein?

www.twitter.com/marinaaranha

Li Paulo Coelho pra falar mal de Paulo Coelho.
Agora fiz um twitter pra falar mal de twitter.

Eu tenho a impressão de que ando um pouco revortosa.
Mas é fase. Vai passar...

Assim que eu puder levantar da cama!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

cozinhando...

todo mundo já sabe: nesta semana, o Superior Tribunal Federal derrubou a exigência do diploma de jornalismo.

nosso ilustre ministro, Gilmar Mendes, inclusive, comparou os jornalistas a cozinheiros.
não que eu não goste dos cozinheiros.
inclusive, nem sei cozinhar.
mas...

só queria registrar aqui, como estudante do curso que agora não mais precisa de diploma, uma piadinha que inventei na manicure, achei muito boa e quero patentear.
vejam:

qual o melô do diploma de jornalismo?




"você não vale nada, mas eu gosto de você!"


quinta-feira, 11 de junho de 2009

la revolución

- por que você não faz um twitter?

finalmente encontrei uma resposta para dar a quem me fizer essa pergunta de novo.
não que a façam assim, sempre.
mas a razão para eu não twittar é: eu tendo a usar os mecanismos tecnológicos de forma errada. os motivos pelos quais nasceram, não são os fins para os quais utilizo.

fazer um twitter significa postar 140 caracteres sobre qualquer coisa do meu dia ou do mundo, ou do que quer que seja.

os blogs - como esse - também podem ter essa finalidade.
o meu, especificamente, às vezes se dá ao trabalho de hospedar minhas insatisfações ou reclamações e incertezas.
pra que, então, devo ocupar dois espaços na internet e escrever as mesmas coisas?

tendo, também, a preferir as coisas mais antigas.
gosto mais de LPs do que de CDs, de CDs do que de mp3, de mp3 do que mp4. também sou mais adepta à vitrola do que ao toca-cd e ao toca-cd do que a iPods.
acho melhor carta a e-mail, e-mail a msn. prefiro disquetes a CDs e DVDs, CDs e DVDs a pen drives. e, como não poderia deixar de ser, gosto mais de blogs do que de twitters!

uma das revoluções dentro de mim, porém, me fez fazer pouco mais parte do mundo.

tudo culpa de uma conspiração capitalista.
a promoção.
e, como dizem, a ocasião faz o ladrão, não?
pois sim. adquiri uma parafernalha tecnológica levada pela emoção do preço baixo e alto custo-benefício, depois de tanto relutar, relutar e relutar.

- escreve sobre isso!, me disseram.

de fato, preciso salvar meus arquivos, levá-los de lá pra cá, passar a minha parte do trabalho aos outros integrantes do grupo.
só não posso perder, como quase já aconteceu.

para diminuir meus riscos, então, grudei uma fita crepe nele, com meu nome. assim como faço com algumas das minhas canetas.

é só pra deixar claro que, mesmo tendo um pen drive, continuo do jeito que sempre fui.
meio desajeitada.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Tempo, tempo

Não tenho tempo pra mais nada.
Só para aquilo que não me deixa ter tempo para fazer tudo.

O que é, no mínimo, estranho.
Porque se não posso fazer nada, já que tenho muito pra fazer, é sinal de que tenho tempo pra fazer o que tenho a fazer.
E fico sem tempo para fazer tanto mais que queria fazer.

-Tempo, tempo, mano velho, falta um tanto ainda, eu sei, pra você correr macio.
Do Pato Fu.

E, quando ele voltar a correr macio, volto à minha segunda vida.
A vida supérflua.
Pelo menos agora.

Inté.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Trem

Tem muito número passando por aqui.
Tem segundo, tem minuto, tem hora, tem dia, tem dia que é rua, que me vale um trabalho, tem mês, tem férias, tem um corre-corre correndo na minha frente.
E eu pouco conseguindo acompanhar.


- Vontade de jogar tudo pro alto...
- Joga não...Senão, depois você vai ter que catar - me disseram.


"O que a Jornada de Jornalismo te fez refletir?"

O que, meu Deus?

Isso:

“Três dias e três noites para conhecer versões e opiniões de profissionais interessantes (alguns muito, outros nem tanto, confesso). Entre algumas tentativas de espetacularização, momentos constrangedores, gafes e algum aprendizado – claro! - , me deparei com três questões importantes na Jornada de Jornalismo: o profissional que se aventurar no mercado de trabalho precisa ser versátil e entender dos mais diferentes tipos de mídia; o jornal impresso não deve acabar, mas passar por um grande processo de reformulação; e o barulho acidental do microfone no Auditório Dom Gilberto pode causar um infarto caso o palestrante não seja tão forte quanto Manuel Carlos Chaparro. Depois do susto, dá pra concluir que a tecnologia dos filmes de Hollywood se mostra cada vez mais praticável no dia a dia”.

Não?

Então isso:

"Sou uma íngua, sem saber nem abrir o photoshop. Meu futuro no jornalismo está fadado ao insucesso e, por isso, culpo os outros - claro, claro! -, que nunca se prestaram a enfiar na grade uma matéria que ensine a manusear o phostoshop para a Lana aprender a cortar a foto e eu parar de abrir imagens no paint.

Grata."

Não, não. Isso não, também! Muito menos!
Não posso citar outrem.

Trem.
É.
É um trem isso aqui.

Um trem com vagões desritmados.
Ora fora do trilho.
Ora quaaase no trilho.
Nunca completamente no trilho.

Qual a graça em deixar o maquinista sem trabalhar?

Mas qual a vantagem em controlar a todo segundo?

Não sei.

Sei que mordi minha língua.
Ninguém mandou comer fandangos a essa hora da noite, enquanto escrevo minhas impressões sobre a Jornada. Disserto sobre minha ignorância tecnológica.

E assino embaixo.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Sintoma

Mais um para a lista.

Sabe quando você sabe que está ficando louca?
Quando sai de casa com dois brincos no mesmo furo da orelha.
E, principalmente, só percebe depois de quase 7 horas.

Ou seja, quase todo mundo que poderia ter visto já teve a oportunidade.

E, de novo, ninguém me falou nada.
Exatamente como quando saí com dois relógios: um em cada pulso.

São coisas grotescas que têm me acontecido.


Cuidado!
Pode ser mais grotesco ainda não reparar nelas.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Remando contra a maré

"Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar de remar também.” Caio Fernando Abreu


Me mandaram essa frase nessa semana.
E, sem querer, tá servindo direitinho.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Enorme. Ê nome.

Por causa da espinha enorme que nasceu na minha cara, hoje tive que responder a uma pergunta do tipo: "Você levou um tiro no queixo?"

Não, eu não levei.

E, por incrível que pareça, tem coisa pior do que ouvir isso.

De novo, eu não pude entrar em uma aula. Tinha que fazer outras coisas.
Sérias.

Mas nessa aula aí que perdi, a gente tinha que entregar um trabalho.
Saí.
Os outros membros do grupo entregaram.
E, enquanto faziam isso, recebi uma mensagem de um deles, no celular:

"(...) pegou o trabalho, LEU seu nome e disse 'Mariana não veio?'. Nao eh brinks"

Sério.
Tem gente que INSISTE em errar o meu nome.
Mas insiste mesmo, com afinco.

Vai ficar legal quando eu começar a responder errando o nome da pessoa também.
Assim, sem querer.
Por acaso.
E com afinco.

Tudo errado

São quase cinco horas da manhã de segunda-feira.
Acordei porque meu sono não me deixou mais dormir.
Acordei pensando em tudo o que tenho a fazer.

Escrevi umas coisas.
Agora imprimo um calendário de maio, pra grudar na parede e tentar organizar a minha vida.

Eu sei que só o calendário não vai adiantar.
Mas é alguma coisa.

Agora vou voltar pra cama e esperar a hora certa de acordar.
Daqui a umas duas horas.

Boa noite.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

De volta na cidade...

Vagava online por aí, entre janelas e janelas.
Aí que resolvi abrir o site de um teatro de Campinas.
E descobri uma coisa:

A peça mais legal que eu já vi aqui (três vezes) vai voltar!!






"Confissões das mulheres de 30"

Eu garanto que é muito boa.
Garanto mesmo.
Mas se você quiser saber mais, pode entrar aqui, ó.

E, se for, me convida, vai!
Eu vou de novo, de novo, e de novo...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Pressa

Fui para São Paulo na semana passada.
Reparei numa coisa: paulistano não usa o "rolante" da escada rolante.
Mesmo quando sobe por ela, sobe degrau por degrau. Correndo.

Sério.

Não tenho dados numéricos.
Nem um acadêmico para falar sobre o assunto.
É empírico: pegue qualquer metrô lá, pare numa estação e suba até a rua.

Para alguém você vai ter que dar passagem.

Senão, suba você e peça passagem para alguém.
Só pra fazer valer minha observação.
Né?

quarta-feira, 22 de abril de 2009

"Agora eu faço tudo o que eu tenho que fazer com um sorriso estampado no rosto", uma amiga, sobre as vitaminas que anda tomando.


Só.

Achei importante citar.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Faltas

Nunca mais eu falto na aula.
Faltei numa terça, semana passada.
Meu despertador tocou, eu desliguei e voltei a dormir.
Tenho feito isso todo dia. E saído em cima da hora.
Mas, na terça, eu levantei na hora em que já era pra eu estar na faculdade.
"Pular o café, me trocar correndo e sair desesperada pra isso? Não, não. Vou só na segunda aula."


Aí, é claro, não?
Perdi uma prova. Yés.

Nessa semana, quarta-feira, fui pedir pra professora uma substitutiva.
"Hmm..Como a gente vai fazer? Porque daqui pra frente, todas as aulas que eu der vão ter informações que você vai poder usar.." - como se eu fizesse anotações na aula.
Perguntei se poderia ser no dia seguinte, numa aula de outra matéria que ela dá.
Acho que ela não tinha pensado nisso. Disse que sim.

Cheguei no dia seguinte, com todo mundo. A aula seria na biblioteca. Todos sentariam em grupos, pegariam umas revistas pra fazer um trabalho. Que também valia nota.

Aí que veio a parte legal.
Sentei sozinha numa mesa. Com a professora.
Que ficou me ditando as perguntas e me olhando fazer a prova durante um tempo.
Sério.
Eu me senti como na quarta série, de castigo.
E, naquele dia, não tinha feito nada que merecesse.

Hoje eu fiz.
Mas fui pra São Paulo.
Não deu tempo de estender a discussão que comecei na classe, porque acho injusto assessor de imprensa ganhar mais do que jornalista de redação.
Acho injusto de qualquer jeito.
Acho injusto o salário de todos os jornalistas no Brasil.
Mas acho mais injusto ainda usar como justificativa o 'desgaste emocional bem maior do assessor'.
Insisti, insisti.

E ela insistiu em me chamar de "Mariana".
A discussão foi encerrada.

Até a próxima aula.
Porque não vou mais faltar.
(risos)

Descobri que vira uma bola de neve quando você perde o almoço pra ficar fazendo o trabalho que você perdeu enquanto fazia a prova que perdeu porque faltou.
Sabe?

Agora estou em dia.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Licença

"Você fez pouco caso do meu amor".


Uma amiga falou essa frase uma vez.
Não pra mim, claro.
Não costumo fazer pouco caso do amor dos outros.
Pelo contrário.

Mas, agora, peço licença para usar essa frase.
E mudar um pouco.

Você fez pouco caso, não do meu amor.
Fez pouco caso de mim.
Porque meu amor é maior que eu.
E não chegou a ser tanto.
Não, não.
Não deu.


Foda-se.
E seja muito feliz.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

De repente

Parece que foi assim: do dia pra noite, tudo ficou ruim.
Tudo.

Do tipo faltar exatamente quando a professora resolve dar uma prova.
A professora que às vezes falta, vai no dia que não vou.
E dá uma prova.
Craro.

Aí vou dormir e, na calada da noite, lembro que existe a possibilidade de eu ter feito uma bobagem no trabalho.
Acordo. Ligo lá. Fiz mesmo.
Craro.

E acordo pior do que fui dormir. Engasopada.
Nariz entupido.
Tem um remédio cheio das frescuras, que não tô conseguindo espirrar. Não vai.
Parece uma seringa. E não vai.
Craro.

Tenho que ir no shopping, pegar um livro que eu encomendei.
Tem ar condicionado lá.
E tá calor.
Craro.

Tenho que achar uns personagens, uns perfis, uns temas.
Não consigo pensar. Não consigo raciocinar.
Craro.

Tô baixando Lost e demora.
Demora.
Demora.
Craro.

Tô no msn.

Naranha! diz:
e eu, que acordei ENGASOPADÍSSIMA?
e ainda tenho que ir no shopping buscar um livro que comprei.
pegar ar condicionado, tal...alegria!

Lá diz:
ahh, vá mesmo! eu tô engasopada faz umas 2 semanas e não tô nem aí!!

Naranha! diz:
hahah é MUITO ruim cara. MUITO.

Lá diz:
I know

Naranha! diz:
páscoa show.
de repente, de uma hora pra outra, tudo ficou horrível, cara.

Lá diz:
hahahahaha
casei 2009
cansei*
casei não! haha

Piadas prontas.
Sempre.
Craro!

sábado, 4 de abril de 2009

Se ele não ligar no dia seguinte,

pode ser, simplesmente, porque ele não quer.


Às vezes é bom ouvir isso, assim.
Curto e grosso.

"Ele não está tão afim de você" tem muita gente. Muita gente pra muita história. E muita história pra pouco tempo.
Aí sobra pra Drew Barrymore fazer um papel muito pequeno, pra Scarlett Johannson fazer aqueles de sempre e pra Jennifer Aniston ser lembrada porque é, claro, a Jennifer Aniston.
Por outro lado, tem a Jennifer Connelly e a Ginnifer Goodwin, que fazem papéis mais interessantes.
Não tanto, claro.
Porque o filme acaba por ser menos do que se espera.
Ou do que eu esperava.

Vale pelo chacoalhão do começo e alguns do meio.
Nem tanto pelo final.

Exatamente como alguns relacionamentos.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Era eu

- Hoje, quando entrei na van, um amigo meu perguntou: 'quem era aquela sua amiga que estava de Rambo hoje?' Não citei nomes e disse que não conhecia - me disse um amigo.

E era eu. Com uma faixa na cabeça.
Não do jeito normal, claro.
Mas a moda é para os fracos.

É só ver o Rambo.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Ouvi

Hoje o Nando Reis falou comigo.
Sério.

Coloca o CD dele aí e vê se ele não fala com você também.

domingo, 29 de março de 2009

Atualidade


Uma das propriedades do texto jornalístico.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Em março...

"Amigos,

Aqui está o que consegui fazer nessa hora do almoço.
O arquivo "Editoras" é o texto escrito, corrido, com o que a gente tinha. Por favor, confiram os dados e vejam se eu fiz merda. Porque eu faço.
O arquivo "Rascunhão" tem umas coisas em tópicos, que não sei se consegui enfiar no texto. Poderia enfiar noutro lugar, caso não use.
Tem uns mapas, se quiserem ilustrações, um esquema da Unicamp..O que, na verdade, acho meio inútil.
No texto final, coloquei embaixo as editoras e os trililis delas. A 'questã' é que a Zarabatana precisava do endereço completo embaixo e o contato da Átomo e Alínea (Zé?), que me perdi e não sei onde está. Ou se está.
Vejam o que dá pra fazer e se tem salvação.
Menos pro Nacim, que, com o fim das locadoras e do jornalismo, vai comprar uma arma pra se matar.
Me mandem. À noite eu vejo. Amanhã entregamos.

Beijo,
Eu, com TPM."

Aí, a primeira resposta:

"AMICOS.
liguei por 4 vezes em distintos horários na set, e não consegui nada.
VOU CANCELAR MINHA ASSINATURA!
.
.
.
.
brinks, ai eu compro na banca
vou enviar o email e ligar apenas amanhã na outra, pois nesse momento estou no trabalho e estou terminantemente proibido de usar o telefone para ligações de longa duração.
espero que amanhã todos vão felizes da vida para a puc, POIS SE ESTRAGAREM O DIA DO MEU ANIVERSÁRIO, NÃO VAI TER SACOLINHA SURPRESAPRA NINGUEM...
maranha, bom cinema. que eu vou comprar meu 38 cromado para acabar com a minha existência...
bjosmelega
eu, com TP21"

Começaram os trabalhos de 2009.
E as trocas de e-mails!

quarta-feira, 25 de março de 2009

Almoçar sozinha no shopping faz esse tipo de coisa comigo.
Eu fico pensando em tudo. Ao mesmo tempo em que fico pensando em nada.

Hoje, uma das coisas que veio na minha cabeça foi a saudade.
Saudade é um negócio que me fode.
Me fode porque eu consigo sentir até de quem não conheço.

É verdade.
É ridículo.
Mas é verdade.

E é o tipo de coisa que só eu sinto.
Porque, afinal, qual o outro anormal que vai sentir falta daquilo que nem chegou a ter?

Eu, eu!

E só.

Que esse post seja um alerta.
Um alerta pra dizer que sou louca.

E só.

segunda-feira, 23 de março de 2009

O Chopp

Estava congelado.

O Chopp estava congelado.

Con-ge-la-do.

É,
Congelado.

Pelo menos, foi o que disseram.

Do Chopp.
Disseram que ele estava congelado.

O motivo do preço elevado do convite era o Chopp.

Já contei que ele estava congelado?


Mas, com essas e outras, atire o primeiro copo quem achou que não foi bom.

"Gente, calma, que tem mais. Calma!"

Calma! Que tem salgadinho sendo jogado do andar de cima, tem cerveja direto com a Dona Fátima, tem sertanejo interpretado, tem "Tchau, I have to go now", tem Madonna!

Tem até a formanda de princesa, tem o "Whiskotch", tem sushi comido e devolvido.

Tem vestido dobrado no fim da festa, tem sandália tirada e tem dor no pé de quem ficou com ela até o fim.

Tem as minhas inúmeras declarações pros meus amigos e tem o amigo de uma amiga que achou que eu era irmã de outra amiga.

Tem chapéu, tem óculos, tem coroa. Tem a Baunilha!

Tem amizades na hora. E reecontros também. "O famoso fulano?". "Ela não é bom elemento". "Faz mil anos que não te vejo". "Largou? Fez bem, aprender aquilo não leva a nada mesmo".

E pensar que consegui o convite aos 47 do segundo tempo.
Meu time ganhou!

quinta-feira, 19 de março de 2009

É isso e aquilo

Eu admiro o nego que grudou chiclete no corrimão da escada do meu trabalho.
É EXATAMENTE onde você põe a mão pela primeira vez quando começa a subir a escada.
EXATAMENTE.
Inacreditável.
Todo dia.
Todo dia, eu ponho a mão.
Queria parabenizá-lo.

A porta da sacada, que fica do lado da minha mesa, emperrou.Alguém tentou abrir.Alguém disse que emperrou. E disse ainda outra coisa."Mandaram emperrar esse negócio porque era ou isso ou colocar a mesa da Marina lá. Como o fio não chegou, esse foi o único jeito de fazer com ela não fique saindo".

Ah, o humor!

Aí cheguei em casa, fui ler o que ainda não tinha dado tempo de ler do jornal.Da Folha de S. Paulo.

"Enterro de Clodovil Hernandes tem poucos amigos e brigas 'partidárias'"

"(...); Silvio Santos, Yara Baumgart e os filtros Europa mandaram coroas."

"..os filtros Europa mandaram coroas".

Só eu acho engraçado os filtros Europa mandarem coroas?
Piada pronta, piada pronta.
Eu pararia na Yara. Mas - e quem sabe justamente por isso - não trabalho na Folha. (chorei)

Ai. Essa é ótima. Uma parte acabou de acontecer.

Ontem ligaram daqui de casa pro médico, marcando uma consulta pra mim.
Deram meu primeiro e último nome.
Aí, ontem ainda, quase à noite, ligou a secretária - que marcou a consulta - perguntando se tinham ligado do número pra lá.
Eu disse sim.
Precisava marcar a consulta. Não sabia que já tinham marcado. E marquei. Dei meu nome inteiro.

A secretária acabou de ligar de novo:

- Eu queria falar com a Mariana.
("Caráio", pensei.)
- Quem queria falar?
- Do consultório do Dr. Nevair.
- É Ma-ri-na. E sou eu.
- Ah, Marina? Então você marcou uma consulta pro dia 27 a tal hora?
- Não. Marquei dia 26, a tal hora. Ia até avisar. Marcaram ontem por mim, mas você ligou e eu marquei uma. Não sabia que tinham marcado.
- Marcaram hoje.
- Não, marcaram ontem. - o que é a verdade. Mesmo.
- Marcaram hoje. Dia 26? - e falou meu nome completo.
- Sim, isso aí.
- E dia 27 tem uma aqui.. - e falou meu primeiro e último nome.
- Essa pode desmarcar.
- Então pera. Marina S. A. Aranha e Marina Aranha são a mesma pessoa?
(Juro.)
- Sim. "São" eu.
- Então quando for assim, tem que avisar, porque senão ficam duas marcadas.
- ... - eu não me dei ao trabalho. Sério.
- Tá bom? - ela ficou nervosinha. Ui.
- Tá, fia. Tchau! ("I have to go now" - pela última vez. Prometo!)

quarta-feira, 18 de março de 2009

Ignorado

Ter que levantar muito cedo não é legal.
Ter que levantar muito cedo depois de ter dormido tarde, é pior ainda.
E ter que levantar muito cedo depois de ter dormido tarde pra não ter que fazer NADA na faculdade, deve ser algo ignorado da vida.
Sério.
Pretendo ignorar o dia de hoje.

Fui pra famosa Pontifícia.
Por nada, na verdade.

A palestra lotou.
Não tinha lugar pra sentar.
Fiquei em pé.
Anotando, anotando. Porque eu tenho que escrever 12 linhas sobre ela. E com um título de duas linhas, com 20 caracteres cada. Jóia!

Na porta, todo mundo começou a entrar como gado. Empurrando e sendo empurrado.

De repente, enquanto todos se acotovelavam pra tentar entrar no auditório, um cidadão - que não sei quem é, mas que deve ser alguma espécie de professor - grita:

"O barulho tá atrapalhando a palestra lá dentro. Por favor, não falem."


"Por favor, não falem".

Não vou comentar o pedido.
Porque eu acho que nem quem o fez achou mesmo que seria atendido.

Agora, achar que vai ter sucesso com isso aí, chega a ser engraçado.
Por isso, eu ri na cara do moço.
E ainda repeti (porque tenho essa mania, desculpem): "por favor, não falem? óia..esse pedido é genial."

"Sorte de hoje: A ausência total de humor deixa a vida impossível". Anda espertinho esse Orkut.

Depois, no vaivém do dia, voltando pra casa, consegui fazer o carro morrer na descida.
Como?

Não sei.

"Coisa boa todo mundo faz", já diria uma amiga. Sem muita certeza da tese, é verdade.
De qualquer jeito, pega eu, fera.
Morri na descida.
Porque minha prova de morro é ao contrário.

Aí, escutei "Apenas mais uma de amor", do Lulu Santos.
Tô viciada nessa música.
E dá vontade de chorar.
Sério.

Ouve aí.

Que eu decupo o Sala de Leitura aqui.
"Tchau, I have to decupar now."

domingo, 15 de março de 2009

Sábado animado

Cena 1, manicure.

Uma mulher entra, encontra o cabeleireiro e vai lavar a cabeça naquelas cadeiras de lavar a cabeça. Todo mundo sabe qual.
Passa uma depiladora, com uma saia muito bonita.

A mulher diz: "Nossa, que linda a sua saia! Eu iria pra balada com ela".
A moça da saia: "Se eu tivesse tempo pra ir pra balada, tava bom. Só trabalho!".
A mulher: "Você fica badalando aqui mesmo, né?".

Badalando.
Em algum momento da história a moça da saia virou sino.
E eu juro que não entendi em qual.

Cena 2, churrasco

Toca James Morrison.
Alguém tenta acompanhar: "...you kiss me something".

Kiss.
Era "give".
E não fui só eu quem percebeu.

Cena 3, ainda no churrasco.

Amiga minha, engraçadíssima.
Mas tem dificuldades pra contar história, às vezes, porque erra no tema.
E, quase sempre, começa dizendo: "Mââno, aconteceu um negócio engraçado".

E a história de hoje acabou com uma mulher sendo atropelada por um ônibus.

Nas cenas da noite, eu rio sozinha. Dá onze e meia, o garçom vai embora. O suco não adoça. "Maranhá, Maranhá, que que aconteceu?". O semáforo fecha, eu reclamo. "A gente cobra de 3 a 5 pra olhar o carro". Recebeu 3. Tô com sono. Tá calor. "Não tem copo, moça". "Tudo bem, eu tomo na garrafa. Prefiro!" Aqui nóis é curíntia. E ri do Pica-Pau.

Legal, legal!

Entro no orkut, minha sorte do dia é: "O mundo é uma tragédia para os sentimentais e uma comédia para os intelectuais".

A gente ri. A gente somos intelectuais!

Não?

sexta-feira, 13 de março de 2009

A Márcia

Aí que eu não conheço todo mundo que eu vejo.
Não conheço nem todos da minha sala.
Mas conheço todos os meus professores.

Sentei na última fileira hoje. Do lado de uns espertinhos.
A aula era da Márcia. Conheço ela. Minha professora.
Sei quem é.
Aí que vi uma menina sentada numa das fileiras da frente.
E não lembro de tê-la visto antes.
Perguntei:

- Zé, quem é aquela ali na frente?

E o Zé:

- A Márcia.

Tá de brincadeira comigo, pô.
Numa sexta-feira, ainda.
Vai pro brog.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Nada

Mais nada.
Nada.

Nada mais.
Nada.

Que nada!

Nada mais é.
Que nada.

(porque ando meio desligada, eu nem sinto meus pés no chão - sem inspiração.)

segunda-feira, 9 de março de 2009

Hoje

Um contava pra gente que assistiu ao Watchmen na sexta.

- Eu vim correndo de Americana pra ver.
- Por que você não veio de carro?


Eu sou muito engraçada às nove da manhã.
Muito.

sábado, 7 de março de 2009

O avanço

Na última sexta-feira, me arrumando para sair, liguei a televisão.
"Bom Dia Brasil".
As manchetes.

Renata Vasconcellos:
"A ciência avança na procura para por fim aos indesejáveis cabelos brancos".

Corta para o Renato Machado.



O Renato Machado.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Rachando

Comigo é assim: ou vai, ou racha.
Com a diferença de que sempre racha.

Rachou hoje.
Numa daquelas vezes em que eu sei que não posso falar e falo.
Ou que sei que não posso não falar e não falo.
Ou que sei que não posso fazer e faço.

E quando eu disse que iria, ninguém me falou que eu ia conseguir.
Me disseram que tudo ia dar certo.

E deu.

Errado teria dado se eu desmaiasse ou fosse atropelada.

Mas não.

Na saída, uma outra, que estava na mesma situação que eu, quis puxar uma conversa.

- Como será o telegrama que diz que a gente não passou?
- Acho que vem escrito "pena" - eu disse.
- Fico pensando num jeito de dizerem cordialmente que a gente foi reprovada.
- Eu acho que é "pena", mesmo.

Sei lá.
Não consegui levar a sério.

Sério seria se eu desmaiasse ou fosse atropelada.

Mas não.

terça-feira, 3 de março de 2009

Inspira daqui, inspira dali

Foi assim: meu "ufz" inspirou seu poema e seu poema inspirou meu "morri".

"N

ufz!
ufz putz
ufz putz ufz

utz pufz utz
zupt
fzzz
zzz

morri."

(Rafael Melo, com meu "morri")

O título do poema é N. N mesmo. A justificativa do autor?

"N, se você virar, vira Z. E aí vai da interpretação de cada um. N significa infinito. Toda esta infinidade contida no N que se eu continuar falando muito virará um Z. Um Z contínuo. Um zzzzzzzz."

Defino o poeta como aquele que até tomando café do jeito que toma, dorme do jeito que dorme.
E dorme num Z contínuo.
Zzzzzzz.

Quem disse que eme-esse-ene é inútil?

sábado, 28 de fevereiro de 2009

"O Leitor"

Entra ano, sai ano e eu continuo com as minhas manias.
Eu mudo um pouco.
Às vezes até mais do que pouco.

Mas tem certas coisas que vão ficando, vão ficando..

E ainda permanece a mania de ler livros que deram origem a filmes.
Nessa semana, entrei na Cultura e comprei dois.





Um, acabei de terminar.
"O Leitor", de Bernhard Schlink.
E eu devo dizer que o motivo que me leva a comprar esse tipo de livro é o mesmo que me faz comprar os filmes: o elenco ou o diretor.
Nesse caso específico, quis ler para depois assistir à interpretação da Kate Winslet, que sempre se supera e que, por seu personagem nesse filme, ganhou o Oscar de melhor atriz.

A história é de amor. E de um amor diferente. Entre um jovem de 15 anos e uma mulher já acima dos 30.
Se conhecem, se envolvem e se separam. Para depois se reencontrarem no tribunal.
Lá, o estudante de direito, Michael Berg (no filme, Ralph Fiennes), revê Hanna Schmitz (no filme, Kate Winslet).
Ela é uma das acusadas de crimes cometidos por nazistas na Segunda Guerra Mundial.
E no julgamento, Michael descobre muito mais sobre Hanna do que o motivo pelo qual ela é acusada.

O livro é cheio de questionamentos. Em todos os capítulos, Michael se pergunta sobre o direito, a vida e os seus limites.
Pergunta, então, a quem lê.
E são dúvidas profundas. Humanas.
Que fazem do livro mais do que um romance.

Fazem de "O Leitor" uma reflexão sobre os nossos limites.
E sobre o quanto eles podem afetar quem está em nossa volta.

Quer emprestado?
Pedidos, aqui.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Novo amor

- O de vermelho! - ela.
- Hmm. - eu.

E vou no de azul.
É assim esse 2009. Meio indígena, meio diferente.

Se usa all star, vai.
Se não gosta de axé, vai.
Se é de fora, vai.
Se nunca foi, vai.
Se não está muito certo, vai.
Até de roupão.
Pode ir.

Porque é só chegar antes de a porta abrir e ir embora quando a luz acender.
Ninguém quer perder um minuto.
Ninguém pode perder um minuto.

Mesmo que carnaval não seja o que mais gosta na vida.
Mesmo que "serviço", nesses dias, não signifique trabalho.
Mesmo que "trema" vire "trena".
Mesmo que na sinuca, todas as bolas colocadas sejam do adversário.
Mesmo que no dia seguinte, tudo tenha que estar bem. Normal. Normalíssimo.
E mesmo que não tenha dormido.
É "tchau, I have to go now."


Hoje, a quarta-feira de cinzas foi cinzenta.
Depois de um carnaval compacto para mim.
Mas bom, claro.
O melhor até hoje.

Em breve tem Maria Rita. A famosa Ritona, a quem interessar.
Que acaba o show da mesma forma como acaba o carnaval.
(E a boa parte é que ela ainda vai pode prorrogar o meu!)


"A luz apaga porque já raiou o dia
E a fantasia vai voltar pro barracão
Outra ilusão desaparece quarta-feira
Queira ou não queira terminou o carnaval.

Mas não faz mal, não é o fim da batucada
E a madrugada vem trazer meu novo amor
Bate o tambor, chora a cuíca e o pandeiro
Come o couro no terreiro porque o choro começou.

A gente ri
A gente chora
E joga fora o que passou
A gente ri
A gente chora
E comemora o novo amor"

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Re-volta

No fim, recomeçou e eu estava com saudades das coisas.

Não todas.
Algumas.
Aquelas.

Do tipo, o que você tem que fazer é criar um título para uma entrevista. E ele tem que ter no máximo 55 caracteres.

- Ai, Maranha, deu 59. Quanto tem que ter mesmo?
- 55.
- Putz, por 3.

É. Três.


Uma outra tenta falar "alegar" e solta um "ajulgar".
Ela inventou.

Mas o mais importante é que o point foi destruído. Um furacão passou, não sei.
Sei que essa foto vai deixar muita gente triste.





Chorei.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Sussa na montanha-russa

Acabei de entrar no Cosmo.
A página principal estava assim:



É isso:

"Usuários cobram rapidez em acessos ao terminal".
E aí, embaixo, uma foto da montanha-russa do Hopi Hari.

Sei lá.
Acho que os usuários cansaram de esperar a rapidez nos acessos e foram pro parque de diversões.
Melhor, né?
Fila por fila, vamos pra montanha-russa!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Rone e Ney

- Alô, Rone?
- Não, aqui é o Ney.
- Oi, Ney, queria falar sobre o bloco, quem daria uma entrevista?
- Olha, o Rone seria melhor. Tenta ligar pra ele. Se não der, pode me ligar.

Tentei o Rone.
Não consegui.

- Alô, Ney?
- Oi.
- Então, tentei falar com o Rone, não consegui. Será que eu posso te ligar do estúdio?
- Pode, pode!
- Já vou ligar, então. Obrigada, Rone.

Era Ney.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Professora

"Janda,
Obrigada por você ter me ensinado um montão de coisas na 3ª série. Por causa de você eu estou na 5ª série hoje. Você foi a melhor professora. OBRIGADA!"


"Janda,
Você é muito legal e me ensinou muita coisa e agora estou lá no 6º ano no Fundamental 2 muito obrigada por você ter me ensinado tudo, você foi uma das melhores professoras que já eu tive, mesmo que você tenha ensinado meio ano você é especial para mim. 1000 beijos!"


"Oi Janda,
Que saudades, obrigado por me ensinar. Agora estou no 6º ano D e tive um trabalho em ensino religioso para mandar uma carta para uma professora que já tive e mandei pra você. Bjs!"



Tirando o fato de que o nome da minha mãe chama mais a atenção do que qualquer outra palavra escrita, me lembrei de muita coisa quando vi esses bilhetes de uns ex-alunos dela.

Me lembrei que faz muito tempo que não reconheço o trabalho dos meus professores.
Que só reclamo.
Que gostava de ter aula no primário, mais do que na faculdade.
Que tem coisas que, por mais que a gente teime, a gente só entende muito tempo depois.

E que tenho ciúmes das crianças que ficam mandando bilhetinhos pra minha mãe.
Vamo pará, criançadinhá!

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Daqui a pouco

Daqui a muito pouco.
É tudo de novo.

É tudo.
De novo.


E nada de muito novo.


A legenda da figura é: "a maranha está sem amigos em 2009".
O autor do texto e da imagem, não vou citar.
Metade imagina.
Metade não sabe do que eu tô falando.

E quase eu escrevo mais uma frase aqui, começando com 'metade'.
Porque quase esqueci que as coisas só tem duas metades.

Mais que isso, não sei o que é.
Nem sei se existe.

Começando bem.
Sempre.
Com metade dos amigos.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O começo de (quase) tudo

Eu sou assim.
Eu vou na contramão.

Ao invés de criar um blog melhor do que o que eu já tinha, eu crio um pior.
Descaradamente esse é sobre mim e minha vida.

Porque até hoje não achei bom nada do que escrevi.
Nunca gostei de uma linha, de todas que já coloquei no papel.
Vez ou outra eu escrevo e não desgosto.
E só.

Mesmo assim, pretendo me chamar de jornalista um dia. Talvez sem muita propriedade e só pelo registro.
E, se continuarem nas próximas linhas, lerão a primeira reportagem da minha vida.

Na data, eu tinha sete anos. Faria oito, dali a quatro meses e um dia.
Já estava vivona.
Ou vivinha, como queiram.

Antes, vou explicar: pelo que entendi hoje, relendo o texto, eu devia ter feito uma resenha, um resumo ou quase isso, de um livro que li.
Abaixo, a transcrição literal (pois não me censurei e copiei exatamente como escrevi há quase 13 anos, com erros e tudo!) do texto:

29 de abril de 1996

"Porque temos sardas?

Tudo começou quando eu estava na biblioteca, e eu peguei um livro chamado: "Porque temos sardas?". Com este livro, vi que deu pra perceber um pouco como se constrói as sardas. Tudo começa quando o seu pai ou sua mãe tem sardas quando nascem, então se os dois tem sardas é óbvio que você também terá, se só sua mãe ou só seu pai que tiverem sardas aí terá possibilidades de ter ou não ter. Veja o desenho abaixo."

Aí desenhei uma mulher e um homem. Ela, com sarda. Ele, sem.
Embaixo, quatro possibilidades de filhinhos. Duas menininhas e dois menininhos.
Uma delas com sardas.
E um deles também.


Não vou dizer que ganhei um carimbinho de solzinho feliz escrito "que legal".
Porque esse blog é pra ser pior que o outro.
E, se eu mostrar meus trabalhos de qualidade aqui, como vou construir um site ruim?